Mapa da Alemanha

sábado, 30 de agosto de 2008

A pequena cidade de Meissen

Domingo, tínhamos planejado ir ao Sächsische Schweiz, uma região montanhosa do estado da Saxônia onde você pode fazer diversas caminhadas e tem uma bela vista da região. Porém, o dia amanheceu chuvoso e desistimos da idéia. Pensamos então em visitar alguma cidade próxima...a princípio, pensamos em Winterberg, cidade do Lutero, mas seriam 3 horas de trem. Ah, não, muito longe. Fomos então para Meissen, uma cidadezinha pequenina também cortada pelo rio Elba. Só lembrando que domingo tudo fecha e assim que descemos na estação, tive a impressão de estar numa cidade fantasma. Entretanto, quando chegamos no centrinho, havia mais pessoas...na verdade, eram vários grupos de velhinhos fazendo excursão! rs



O legal desta cidade é que ela tinha várias gasses, que são becos bem estreitos, mas muito bonitinhos. A atração principal era a Dom (catedral) que ficava lá no alto do morro. Fizemos a visita e depois demos uma voltinha pela cidade e, em seguida, regressamos a Dresden. Minha prima voltaria para Leipzig nesse mesmo dia e eu seguiria na segunda-feira para a minha primeira viagem sozinha na Europa: quatro dias em Praga! Tschüss.


** Curiosidades **
Aqui na Alemanha, eles têm um modo bem bacana de fazer as despedidas de solteiro. Normalmente, eles (o homem só com os amigos e a mulher só com as amigas) vão para o centro da cidade fantasiados e aquele(a) que vai casar tem que cumprir uma tarefa que é elaborada pelos amigos(as). Geralmente, os homens só abordam as mulheres e vice-versa. Teve um cara que estava vestindo um macacão e tinham vários corações desenhados com preços e ele tinha que vender esses corações. Então você escolhia um e tinha que recortar do macacão. Adivinha aonde estava o coração mais caro, de 5 euros? Tem que ser bem safadinha pra recortá-lo! Teve outro (a minha prima que contou) que tinha que beijar uma virgem e aí ele saía abordando todas as meninas... Você é virgem? Será que ele achou alguma? rs

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dresden

No final de semana passado, fiz a minha primeira viagem pela Alemanha. O destino: Dresden, cujo centro histórico é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco. Estreiei meu mochilão. Uhuu! (Claro que como marinheira de primeira viagem, percebi depois que a mochila ficou pesada demais...e olha que eu não levei muita coisa!). Pegamos o trem local (Regio)...bem legal, tem dois andares!


Da Hauptbahnhof (estação principal) até o centro é pertinho, cerca de 10 minutos a pé, e logo de cara você vê a grandiosidade dos edifícios históricos. Uma coisa que eu odiei desses prédios e igrejas gigantes é que eles não cabem na foto. É uma chateação: você tem que ir bem longe para tirar a foto e não pode dar zoom, senão corta o prédio pela metade. Fazer o quê, né? O centro histórico você visita em 1 dia tranqüilamente. Vou destacar três atrações em especial: a Frauenkirche, uma igreja luterana muito bonita (eu sei pelas fotos da minha prima, pois quando estivemos lá, deixamos pra visitá-la mais tarde já que antes tinha uma fila enorme, mas aí o interior estava fechado, pois iria ter um concerto. Triste, muito triste!) que foi totalmente destruída na 2ª Guerra e, em 2006, foi reinaugurada. Subimos até a sua torre, de onde se tem uma vista muito bonita de Dresden, cortada pelo rio Elba; o Zwinger, um palácio enorme com várias galerias que abrigam diversas coleções de arte (mas não tinha nada, pois essas galerias estão sendo reformadas); e o Fürstenzug, um grande mural que mostra o desfile de vários governantes saxões (adivinhem: não dá pra tirar foto do mural inteiro!). Tschüss.

Frauenkirche

Rio Elba

Fürstenzug


Zwinger


** Curiosidades **
Em algumas cidades da Alemanha, há um tipo peculiar de táxi: é uma espécie de bicicleta de três rodas e há um pequeno "compartimento", onde vão os passageiros (no máximo dois). Quem usa normalmente são os velhinhos, que têm mais dificuldade para andar, o que não significa que qualquer outra pessoa não possa se utilizar deste meio de transporte também. Outra coisa curiosa que eu vi em Dresden foi que havia várias noivas que "desfilavam" pelo centro histórico junto com o noivo e os convidados (bem que a minha prima falou que todo mundo se casa agora porque é verão). Bizarro! rs

O táxi é a coisinha laranja



terça-feira, 19 de agosto de 2008

Típico domingo alemão

Uma notícia triste para uma paulistana: aos domingos, TUDO fecha (seja as lojas de departamento, seja os supermercados)! O que eu vou fazer? Aquilo que todos os alemães fazem: passear no parque (pelo menos, por enquanto, que ainda é verão; no inverno, vou ter que achar outra forma para me entreter). E lá fomos eu e minha prima andar de bicicleta por Leipzig. Alugamos uma bicicleta para mim (primeiro, fomos no lugar onde alugava, mas não havia mais nenhuma disponível; daí, existem algumas bicicletas que ficam paradas em certos pontos e basta você ligar para o telefone que ali se encontra e eles dão a senha para liberar a bicicleta. No final, você a deixa no mesmo local e liga avisando que está devolvendo. Achei muito interessante!).




A vantagem de andar de bicicleta em Leipzig é que a cidade é plana e por onde você olha, há uma ciclovia. Andamos por algumas horas, até que chegamos naquilo que os alemães de Leipzig chamam de praia: um lago artificial! Cheguei perto da água para sentir a temperatura...que friaca! Mas acho que era só pra mim, pois tinha muita gente nadando. Fomos pedalar ao redor do lago e enquanto olhava as pessoas tomando sol, reparei em certas coisas que depois percebi ser verdade algo que eu já tinha ouvido falar: os alemães adoram tomar sol e nadar pelados (se vocês clicarem na última foto, ela abrirá com uma resolução maior e dará para ver alguns peladões)! Tinha peladões por todos os lados, homens, mulheres, crianças, velhinhos...e a cor deles? Transparentes (Matilde, até você é mais morena que eles! rs). Mas fiquem tranqüilos, pois eu certamente não vou aderir a esse costume! Foi uma tarde bastante divertida. Tschüss.




** Curiosidades**
Pra mim, tudo é diferente e algumas coisas me chamaram a atenção: o respeito que a maioria (sempre há exceções) dos alemães tem quanto ao sinal de pedestres. Quase ninguém atravessa a rua enquanto o sinal está vermelho, mesmo que a rua esteja deserta e não haja nenhum sinal de carro. Eu acho um pouco exagerado, mas quem sou eu pra fazer diferente. Outra coisa é que em alguns pontos do bonde, ele pára no meio da rua e não junto à calçada, o que exige que as pessoas atravessem a rua para descer ou subir. E quando isso acontece, os carros páram para que as pessoas atravessem (imagine como seria no Brasil, os carros fariam boliche com os pedestres!). Ah, e você não precisa dar sinal para o bonde, ele pára em todos os pontos; e para subir, basta apertar um botão do lado de fora para as portas abrirem.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Leipzig - primeira impressão

Até o fim do mês, ficarei na casa da minha prima, em Leipzig. Esta cidade fica no leste da Alemanha e pertenceu aos russos, na época da Guerra Fria. Portanto, é uma cidade mais pobre se comparada à parte ocidental da Alemanha, mas também mais barata. Tem cerca de 510 mil habitantes e é muito tranqüila e muito bonita também! A maioria dos quarteirões são assim, com pequenos prédios de no máximo quatro andares (não há elevadores) e todos grudados uns nos outros. Como não há porteiro, junto ao portão tem o interfone e para cada apartamento você encontra o sobrenome de cada respectivo morador. Não há aqueles prédios enormes e horrorosos como em São Paulo, o que é bom, pois tem-se uma vista boa da cidade, quando se mora no sótão, como é o caso da minha prima (2ª foto)!

No sábado, fui visitar o centro da cidade. Que maravilha de centro...tudo limpinho, os prédios bem conservados, lojas chiques, aquelas lojas de departamento enormes (um famoso é o Kaufhof, onde você encontra de tudo!), prédios históricos enormes e muitas igrejas luteranas (para quem não lembra, Martinho Lutero, quem iniciou a Reforma Protestante, era alemão). À primeira vista, você até pensa que são igrejas católicas, por serem gigantescas e terem mais ou menos o mesmo estilo arquitetônico, mas dentro você logo percebe a diferença, já que não há santos e os ornamentos são bem simples. Numa delas, a Thomaskirche, estavam os restos mortais de Johann Sebastian Bach, mas não pude chegar perto do túmulo, pois estava tendo um casamento! Se você quisesse, podia ficar lá assistindo a cerimônia! Tschüss! (Até mais!)
das alte Rathaus (antiga prefeitura)

das neue Rathaus (nova prefeitura)

** Curiosidades **
Cada cidade alemã tem o seu sistema de transporte. Aqui em Leipzig, em todo ponto de ônibus, há informações sobre quais linhas passam ali bem como a descrição de todo o trajeto da linha. Assim, você consegue saber quais são os pontos daquela linha e planejar melhor a sua viagem. Além do ônibus, existe o tram (espécie de bonde elétrico), e em todo ponto há um painel indicando que horas o tram vai passar ou até mesmo quantos minutos ele vai atrasar!!! Portanto, mesmo se você não sabe um pingo de alemão, você consegue andar numa boa de transporte público. Prático, não?!

Chegada em Frankfurt

Ich habe eine gute Reise gehabt! (Eu fiz uma boa viagem!)
O vôo foi tranquïlo, porém cansativo. Foram 11 horas de viagem num espaço minúsculo, onde mal cabiam minhas pernas esticadas e eu tive que dormir, praticamente, sentada. Além disso, a garganta ficava toda hora ressecada e dava muita sede. Eu apertava o botãozinho pra chamar a aeromoça o tempo todo...Ich möchte ein Glas Wasser, bitte (Eu desejo um copo de água, por favor). No avião, eles falavam alemão ou inglês, então já comecei treinando o alemão, né?! Não foi fácil! Sem falar que fiquei um pouco enjoada e quando eles serviram o café da manhã, nem estava com fome, pois no avião já eram 8 e pouco, mas no Brasil ainda seria 3 e pouco da manhã. Maldito fuso horário! Mas teve a parte boa das bebidas (tomei até Baileys!). O pouso no aeroporto mais movimentado da Europa foi sossegado e lá fui eu seguir as instruções do meu professor de alemão para me deslocar pelo aeroporto (que por sinal, foram extremamente úteis!). Primeiro obstáculo: die Passkontrolle (Imigração). Estava preparada para o interrogatório, porém o diálogo foi bem curto:

Do you speak english? Yes.
Where are you going? I'm going to Leipzig.
And then? To Wiesbaden.
And then? Nowhere. I will study in Wiesbaden for six months.
Ok.

Fácil, né? Melhor assim. Depois disso, fui buscar minhas bagagens e fui até a estação de trem (dentro do aeroporto), de onde eu pegaria o trem até Leipzig, cidade onde mora a minha prima. Cheguei na estação 1 hora antes para poder entender como funcionava a coisa, já que não é tão simples quanto parece: você tem que saber em que parte da plataforma o trem irá parar, já que ele não a ocupa por inteiro e aí você tem que subir no vagão certo, caso contrário, você pode acabar parando numa cidade totalmente diferente da planejada (alguns vagões são anexados a outros trens em certas paradas!).
Compreendido o sistema, era só aguardar. Minha única apreensão era o tempo que eu teria para embarcar no trem: 1 minuto! E foi uma correria...bolsa caindo, mala enroscando, mas consegui subir...no vagão errado!!! Ainda bem que dava pra trocar de vagão dentro do trem. Depois, foi só curtir a paisagem e aproveitar o conforto do trem bala alemão. Muito bom! Tschüss! (Até mais!)

**Curiosidades**
É impressionante a pontualidade dos trens alemães! Porém, há atrasos e justamente o meu trem atrasou...2 minutos! E não é que os alemães ficaram extremamente irritados com esse "longo" atraso? Igual no Brasil, né?! rs